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    sábado, janeiro 10, 2015

    Somos todos Slogans


    De Zeca Ferreira

    Je suis Charlie / Je ne suis pas / Je sui Ahmed...
    Impressionante a confusão mental que se viu, que se vê por aqui pós atentado em Paris. Bi ((tri, tetra) martirização , produção de slogans, camisetas, estupefação, comoção sincera, business, oportunismo, apropriação, tudo ao mesmo tempo e agora, agora, agora. Meus amigos teóricos do pós mundo acham tudo lindo, tudo meme, guerra de memes. Meus amigos velhos e ranzinzas já acham tudo um saco, um excesso de avatares e simulacros que acabam por nos lançar a todos no vazio dos slogans a espera de um Luciano Huck pra colocar tudo isso numa camiseta e ganhar maços de dinheiro para enxugar as lágrimas. (devo confessar que pendo pouco mais pra esse lado, ainda que, em nome da liberdade de expressão, vou defender até o fim o meu direito de estar confuso, e já é alguma coisa)


    A se notar a capacidade que construímos, com nossos novos brinquedos, de destruir, ou melhor, atualizando para o esperanto contemporâneo, o marketingismo: DESCONSTRUIR. Em um intervalo de 48 horas o nosso Charlie foi de herói da liberdade, da iconoclastia e da irreverência, símbolo da liberté de expression a fanfarrão racista, imprudente a provocar o próprio fim, irresponsável, uma espécie de Rafinha Gentili falando francês. Tornou-se uma Marina Silva - fanática e homofóbica -, um Aécio Neves - playboy, viciado, traficante, - uma Dilma - terrorista, bolivariana, direitista e defensora do latifúndio.


    Não, não são iguais os irmãos Kouachi, Wolinski, Cabu, Charb.
    Não são equivalentes Marina, Aécio, Dilma.
    São complexos e contraditórios, por mais que possam parecer simples os papéis que representam.

    Eu é que não sou Charlie, nem Kouachi, nem Ahmed.
    E não sou Dilma, em quem votei, o que é bem diferente.

    Não sou ninguém, sou o leiteiro.

    (convém refletir sobre o que acontece, pra além das frases feitas e dos bilhões de bytes de fonte desconhecida. Porque do jeito que a coisa vai, qualquer dia a tragédia vai ser de tal proporção que simplesmente não vai caber slogan)

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