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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)


  • quinta-feira, outubro 31, 2002

    O PASQUIM 21 desta semana com uma tacada certeira:
    republicou a célebre entrevista que fizemos com o Lula em março de 78 quando começava sua sensacional ascenção no meio operário-sindical.
    Leitura indispensável. É um Lula muito mais bronco, cheio de broncas, mas com algumas das ideias-mestre que norteariam o resto de sua trajetória e que torcemos para que iluminem sua presidencia e este Brasil. E, é claro, com o seu senso de humor.

    Lula naquele momento era um desconhecido para o resto do Brasil. Era sua segunda entrevista para um veículo nacional. Pouco antes tinha sido capa da Isto É. Mas pra gente que tava ali na resistência já era um herói. A working class hero. Um sujeito que tava peitando a ditadura e promovendo greves numa época em que isso era anátema mortal. Conseguindo inflamar uma classe entorpecida pelos anos de repressão e desmobilização. A capacidade de liderança e de negociação brotavam naqueles momentos empolgantes que iriam desembocar na maior das greves brasileiras e emencontros impensáveis entre operários e milicos negociando acordos - prenúncio dessa mesa atual que junta sindicalistas e empresarios .

    Mas nunca vou conseguir explicar como era aquela época. Leiam a entrevista com os olhos de agora mesmo que ela continua interessante.

    Detalhe de rodapé: a entrevista histórica está sendo republicada praticamente na íntegra mas vejo que Ziraldo
    - talvez para evitar constrangimentos -
    retirou a declaração que mais sensação causou nesta edição do Pasquim.

    Como autêntico lumpen, Lula dava aula para nós burguesinhos sobre a aproximação intelectuais>>povão, sempre festiva e ridícula. Como exemplo descreveu um recente Congresso das Mulheres. "As intelectuais, as feministas, apareceram lá todas maltrapilhas, até com cabelo no suvaco, pra se identificarem com as trabalhadoras. Mas essas apareceram com as melhores roupas delas, com os melhores penteados que podiam fazer, pintadas, com sapato novo... " A conversa foi para o lado das feministas - arqui-inimigas de Ziraldo (nosso machista de Caratinga) na época - e Lula então mandou:
    - Das feministas eu só quero as bucetinhas...

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